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Cesária Évora
Cesária Évora

Certa vez assisti, no início dos anos dois mil, a um programa de televisão portuguesa entrevistando Cesária Évora.

Com arrogância, ia respondendo, em CRIOULO, às perguntas formuladas em português.

Tinha a seu lado, como INTÉRPRETE, a bela Jacqueline, então ex-miss Cabo Verde e minha ex-colega de Faculdade (gostei de ti, Jacqueline).

Como felizmente sou inteligente e na época vivia o (irreparado) drama da minha (definitiva) exclusão sócio-profissional na/da sociedade portuguesa (através de procedimento mafioso conduzido por uma desumana tropa de medíocres, a quem depois incriminei judicialmente, mas aos quais nada lhes aconteceu, como já é hábito em tal país, a não ser a mim, que saí 100 % lesado de toda a estória – e sem reparação alguma dos enormes danos), logo fui entendendo Cesária Évora, que mal conhecia e que (sinceramente) nunca apreciei por aí além, mas que compreendi plenamente, então.

Fui ficando a saber, depois, que Cesária andou anos a penar por aí, sem quaisquer tipos de aceitação ou reconhecimento.

Foi preciso ir atuar, certa vez, a França, onde se achou apreciada e ovacionada, para começar a ganhar projeção, reconhecimento e proveito material (porque NINGUÉM VIVE DO AR!).

É então que o portugalzinho, qual macaco de imitação, começa, também, a aplaudir Évora.

Daí o rancor de Cesária. Daí a sua arrogância.

Por fim vi, numa outra ocasião muito posterior, a cantora de mornas e coladeiras a dar uma entrevista em português. Porque o rancor havia passado – e a mulher, afinal, não era essencialmente ressentida, nem mal formada.

De facto a Terra, Allan Kardec, é mesmo um polo de encarnação de espíritos de baixo calibre. E os mais purificados que aqui encarnam realmente trazem a espinhosa missão de fazer evoluir a imensa turba do baixo astral que inunda este planeta. Em sacrifício pessoal árduo e de má recordação, no cômputo geral da passagem. Sokrates que o diga. Cristo que o diga. E muitos e tantos outros, mais!

 

17 de maio de 2013