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O Deus da IURD
O Deus da IURD

O Deus da IURD, que só cumula os que lhe obedeçam, trata-se de um Deus vaidoso, porque só àqueles que o achassem bom, justo, perfeito e protetor, só a esses Ele os cumularia de benesses: sucesso nas suas vidas pessoais (afetiva; económico-profissional...).

Para a IURD, ser merecedor da bênção divina passa pela subserviência: uma fidelidade dócil.

Mas o estilo pessoal de Edir Macedo, todavia ali institucional (!), autêntico dono daquela Igreja, é tudo, menos obediente, servil e dócil, antes (bem) irreverente, fanfarrão e nada, absolutamente nada espiritual!

Porque ele é o chefe e por isso acha que se pode comportar como queira!

A humildade que pede, que exige (!), aos fiéis, não é por ele atestada.

Tantas vezes tão informal, o seu comportamento, que chega a ser grosseiro e desdenhoso.

São, enfim, os tempos da pretensa liber(ali)dade da suposta democracia, que atravessamos e permitem demagogicamente tudo, que é para parecer tolerante.

A verdadeira divindade jamais pediria «sacrifícios»!

Esses, que Abraão, Isaac e Jacob (Israel) praticavam, logo que algum grande obstáculo fosse então vencido... .

E só quando Cristo aparece, é que a monstruosidade civilizacional dos sacrifícios vai sendo progressivamente recriminada e desaparecendo, mais tarde, das práticas culturais das diversas civilizações/sociedades.

Mas também o Deus de Abraão, Isaac e Israel, que Saramago insultou igualmente por ignorância, nada mais era do que os deuses do texto hebraico originário, os Elohim a que Jean Sendy, muito inteligente e talvez apropriadamente, denominou de «Celestes» e «Galácticos»... .

A divindade, enquanto Consciência Absoluta, não é humanamente estúpida, a ponto de pedir, muito menos de exigir, sacrifícios de qualquer ordem aos entes. Nem mesmo a obediência, tão-pouco.

Aliás: Ela está completamente fora da jogada natural, pois deixou esta entregue aos seus próprios princípios constitutivos e de relação.

A obediência é o princípio da subserviência. E esta reflete uma diferença, uma desigualdade, pois pressupõe que alguém mande, para que haja quem obedeça correspondentemente.

Ora: a desigualdade sempre implica subalternidade e esta tende à escravatura, no limite da consideração (ou da relação).

E uma Consciência Absoluta jamais poderia aceitar a escravidão de alguém, quanto mais a que seja imposta por ela própria.

De contrário, não seria Absoluta. Nem libertadora.

E se nos viessem dizer que isto fosse falaciosa argumentação do Diabo, a esses lhes responderíamos que eles é que são a personificação institucional do Diabo, pois exigem, dos fiéis, entrega e submissão, exigem escravidão, nunca a libertação e a independência de espírito e de raciocínio.

É o obscurantismo cultural, a ignorância, assim como o oportunismo, sobretudo, que guiam os passos dessa gente. Que cumula, com múltiplas benesses, aqueles que a si aderem, por fim insinuando ter sido Deus o mago realizador dos desejos e das necessidades de cada sofredor/ofertante.

Estranho é o facto de Edir Macedo ter os dedos das mãos todos arqueados, em forma de garra, precisamente iguais aos dos que ficam induzidamente possessos nas sessões da IURD! Muito estranho. Ou sintomático?

As manhas do Diabo são demasiado refinadas. Se é que tal absurdo, o Diabo, existisse mesmo!

Pois fazem-se passar por divinas, quando a sua capacidade divina é apenas prestidigitadora e nunca criadora.

 

EV.