A existência é manifestação, como o indicam os étimos: ex trata-se de uma partícula prepositiva latina que indica movimento de dentro para fora. Portanto constitui uma expressão. O resto provém de sisto, sistere, verbo latino que significa: fixar, pousar, estabelecer.
Ou seja: existir é colocar-se fora, a partir de dentro. É isso o que representa a palavra «existência».
Existir será, pois, o mostrar-se. O dizer: eis-me aqui.
O que esteja dentro é a essência. Mas esta não se exibe: apenas denuncia e anuncia a sua realidade como essência através da e na existência, que se trata de uma espécie de aparência da essência, ou mostração da essência.
E a essência é, sempre, o intelecto, a que outros chamam «mente» e outros mais «espírito»: essa (misteriosa) força que sabe que existe, mas não se vê nem ouve, ou cheira ou apalpa. Mas que existe, porque é ela que confere, em última análise, realidade a qualquer coisa, sem a qual jamais alguma coisa se tornaria capaz de perceber uma dada realidade outra, nem mesmo a sua própria existência de coisa que se julga ser uma coisa.
A ciência humana nada sabe de coisa alguma. Muito menos o Sentido Comum. Apenas têm a presunção. E muita, demasiada ignorância!
EV
30 de maio, 2013.