Considerando a equivalência energia-massa, algebricamente codificada na equação einsteiniana, poder-se-á definir a materialidade como individualidade física cuja condição energética decaiu e se converteu – ou seja: se quantificou.
Com certa liberdade se poderia considerar intermédio ou "de transição" esse estádio da existência física, em que a energia fica comprometida na estrutura, precariamente estável, do átomo.
Assim se poderá considerar «energética» toda a massa retirada à instável estabilidade da dinâmica atómica, aí se achando conversa em energia e sob a forma de radiação parte da materialidade da massa.
Porém nunca se deverá definir a matéria recorrendo à massa e vice-versa, pois significam extamente o mesmo, mais não representando a matéria do que uma metáfora dos Sentidos.
Ela não existe enquanto qualidade, mas sim como uma quantidade mensurável na própria circunstância da sua ocorrência, já que toda a materialidade se submete ao princípio fugaz (temporal) da condição física.
O que de facto existe mesmo, a um nível impenetrável sensorialmente, nem tão-pouco alcançável através dos meios tecnológicos disponíveis, é a energia pura, que vai decaindo "por interação" e se tornando, assim, facto quantificável e por isso passível de perceção e de medição consequente. Tornando-se material, portanto.
26 maio 013.