A um agente de Polícia (deves lembrar-te da peça, Raul Boudry de Carvalho), autoritareco e ignorante, deu-lhe, na década de 1980, para me andar a seguir, OSTENSIVA e portanto PROVOCADORAMENTE, no próprio veículo da corporação oficial (!).
Certa vez decidiu, então, abordar-me, junto ao matadouro municipal de Torres Vedras (terrinha, na região saloia...).
Como nada conseguisse senão uma resposta torta, argumentou que «tinha Poder até para pedir a identificação ao presidente de Estado, se achasse por bem fazê-lo».
Portanto: o que é que aquele agente de Polícia se julgava?
Ele julgava-se a própria Lei!
E para cúmulo, um ignorante à velho estilo policial português.
Ora: é isso que tem de acabar nas sociedades humanas: a arbitrariedade e a prepotência de uns zés ninguéns pesporrentes, que, por terem determinados cargos, se acham investidos de um Poder que em circunstância alguma NÃO É ADMISSÍVEL que detenham, porquanto de facto não são mais do que os outros!
O que tem de acontecer, nas sociedades humanas, para que elas EVOLUAM no sentido da verdadeira CIDADANIA e da autêntica urbanidade, é o RESPEITO GERAL por uma Lei que seja instituída pela MAIORIA que delibere em consciência plenamente independente, ou seja: com RAZÃO e JUSTIÇA.
E aí, quem infrinja a Lei, responderá pelos OUTROS!
Tudo o resto que ATÉ HOJE existiu foi imposição, falsidade, prepotência e consequentemente ditadura.
19 – 05 – 2013.