Fátima é o logro místico da grandiosidade, arquitetonicamente bela, do santuário - e uma pequena cidade que cresceu em seu redor e agora já nem sabe se há de viver voltada de frente ou de costas viradas para ele.
A gente nova já decidiu. Como por todo o lado, afinal, pois seguem sem rumo, sem valores, sem história. Nos tempos da grande massificação a que querem chamar, mistificadoramente, democracia, aliás.
Os pais ficaram sem bússula e assim caem numa amorfa neutralidade - conformista.
Os idosos alinham, dócil e tristemente, na patranha.
E os peregrinos ali aportam encholezados e coxos de cansaço, em busca de uma insuspeita dimensão que absolutamente ignoram.
A Consciência Absoluta, essa, não faz parte do enredo. Apenas um óvni - e de vez em quando... .
EV,
8 de maio de 2013.