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Evaristo António
Evaristo António

Pois é, Evaristo António (que assinava apenas «António Borges» por causa do complexo relativamente ao «Evaristo»...):

Deixaste de atender o telemóvel, por mera mesquinharia. Atendeste a primeira vez, porque não sabias quem eu era – nem sobretudo como eu ia indo.

Os teus pais eram pessoas seríssimas e honestas – mas demasiado fechados na sua concha, lembro-me. Afinal, bem à portuguesa.

Herdaste esse espírito, mas com a mesquinhice e talvez a desconfiança a agravá-lo, como é hábito em tal espírito, aliás. E o tradicional egoísmo exclusivista (lembro-me de me teres dito, ao telemóvel: «agora tens é de querer saber apenas de ti próprio»...).

Acabaste de te portar, enfim, como os tais manos da Mapunda, que, de angolanos, nada têm... .

E a nossa conversa ao telemóvel até que prometeu... .

Há gente realmente muito pequena!

Ficar-me-á, de ti, a recordação de um episódio no parque da cidade, no Lubango, quando lá fui fazer um exame de ciclo, na companhia da minha mãe, era o 1968 ou o 1969, em que me atiraste um baloiço ao corpo e depois ficaste, sadicozinho, a rir-te do mal (passageiro) que causaste.

São pessoas como tu que mantêm a humanidade arrestada, miúda, retrógrada.